domingo, 26 de setembro de 2010

Como as imobiliárias do Brasil estão investindo em marketing?

De Norte da a sul do país, o marketing é o assunto do momento nas imobiliárias. Mas não são em todas as regiões que as empresas do setor estão bem estruturadas quanto a isso.
Confira abaixo como estão os investimentos em marketing nas imobiliárias em diferentes estados brasileiros. Quem respondeu às perguntas foram os executivos das empresas associadas à ABMI(Associação Brasileira do Mercado Imobiliário).


1. Entrevistado: Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis (Natal – RN)

Como a sua empresa está investindo em marketing imobiliário?
Além da empresa terceirizada, temos quatro pessoas focadas no marketing dentro da empresa, mais assessores de imprensa e promotores de eventos. Nós estamos muito voltados para marketing imobiliário. Não só para o lado externo, mas também pro endomarketing, que eu acho que é uma ferramenta que funciona muito bem.

O que mudou na sua empresa depois do fenômeno Twittão do Abreu?
A ferramenta do Twitter passou a ser usada no dia a dia pelos corretores e também pelos outros funcionários. Vários criaram seu próprio perfil. Dessa forma, passamos a ter mais uma ferramenta para interagir com o público, com os clientes, com os clientes internos também. E permitiu a empresa estar mais perto da comunidade. Com essa ferramenta, podemos melhorar a comunicação com a sociedade na qual a gente vive.



2. Entrevistado: Marcelo Brognoli, da Brognoli Imóveis (Florianópolis – SC)


Como as imobiliárias da sua região estão tratando o marketing?
O investimento histórico nessa área, das imobiliarias de uma maneira em geral, é o anúncio em jornal. Esse é o que mais se faz. Algumas já estão pensando mais no conceito de marketing propriamente dito. Agora, por exemplo, estão pensando também nas redes sociais, que começam a aparecer com muita força no mercado imobiliário.

E a sua empresa, como está lidando com isso?
Estamos entrando forte nas redes sociais e também no planejamento estruturado de marketing. Isso já há alguns anos. O marketing não é só anúncio. É pesquisa, conhecimento de mercado. E a propaganda, a publicidade vem depois. É mais abrangente o termo.

Em Santa Catarina, as imobiliárias já tem departamento especializado em marketing?
Não, com excessão da nossa empresa. A única que eu conheço que tem é a nossa. Algumas contam com o trabalho de agências de publicidade que fazem um pouco isso. Outras fazem simplesmente anúncio. A nossa tem um departamento de marketing com profissionais da área.




3. Entrevistado: Wilian Nakamura, diretor comercial da Bolsa de Soluções Imobiliárias (Fortaleza – CE)



Como as imobiliárias do Ceará estão lidando com o marketing?
Nas imobiliárias, o marketing praticamente não existe. Até agências são poucas. Temos só duas agências que trabalham mais focadas no mercado imobiliario. Então, a Bolsa de Soluções Imobiliárias, espeficiamente, está com uma força muito grande no trabalho de marketing. Com essa carência muito grande no mercado, até as construtoras destão dependendo de uma ou outra agência. A nossa idéia é realmente prestar consultoria - não só no desenvolvimento de produto, mas todo o pacote de marketing. Desenvolver o conceito não só do produto tecnicamente, mas toda comunicação com o mercado. Daqui seis ou sete meses devemos estar com um departamento de marketing que vai ser praticamente uma agência para as construtoras. Mas o mercado local não tem a cultura de manter um departamento de marketing só para a imobiliária. E a gente trabalha muito forte isso.

O que estes investimentos em marketing devem mudar na imobiliária onde o senhor trabalha?
Aqui o mercado é pulverizado em 25 imobiliárias que administram o mercado de lançamentos. Enquanto, nas outras capitais, nas grandes cidades, tem 4 ou 5 - no máximo 10 imobiliárias trabalhando mais forte. Aqui temos duas imobiliárias que mais polarizam o mercado e a Bolsa está entrando no mercado com alguns diferenciais. E não adianta termos isso e não divulgar para o mercado.



4. Entrevistado: Gonzalo Fernandez Mera, da Fernandez Mera Imóveis (São Paulo – SP)



Como as imobiliárias da região de São Paulo estão investindo em marketing?
A gente atua no mercado de São Paulo e do Rio de Janeiro, que são mercados bastante competitivos, então tem imobiliárias muito grandes. Essas empresas todas tem área de marketing. Nossa empresa tem uma diretoria de marketing. Hoje, são aproximadamente 20 pessoas que cuidam só da área de marketing: atendimento aos incorporadores, atendimento ao marketing de vendas da própria empresa e a questão institucional. São essas três áreas que o marketing acompanha.

Há quanto tempo estão investindo mais forte em marketing?
Esse investimento sempre fez parte do nosso negócio. A gente sempre teve o marketing mais voltado pra atendimento dos incorporadores, no desenvolvimento de produtos. O que está mudando agora é que o nosso marketing está voltado mais pra dentro também, pra apoiar os corretores. Está ajudando os corretores nas ações que eles desenvolvem.

Matéria de: Patrícia Silveira.
Colaboração: Mariana Ferronato | Virgínia Duailibe.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CORRETOR DE IMÓVEIS, PLANTÃO FÍSICO X PLANTÃO ONLINE. QUAL O MELHOR?


     Segundo uma pesquisa do Google, publicada no Portal R7 oito em cada dez começam a compra da casa pela web. O Google mostrou que 84% dos proprietários iniciaram o negócio a partir de uma busca pela rede.

Eu vejo o plantão físico apenas como um ponto de encontro, o local de conhecer fisicamente o futuro comprador. O grande desafio do corretor online é “quebrar o gelo”, o mesmo precisa aprender se relacionar virtualmente, passar a emoção online, atacar os cinco sentidos do cliente pela grande rede, é possível.

Quem nunca flertou, namorou e quantos casamentos tiveram inicio nas redes de bate papo?
Recentemente escrevi um artigo em meu blog, “Existe vida depois do monitor?”, reforçando a necessidade de vida no atendimento online, o cliente quer ser atendido por corretor não por um robô corretor.

O corretor precisa criar experiências significativas para os novos consumidores online. Os clientes querem participar efetivamente.

O corretor que vende para o cliente está no mundo do passado. O corretor que vende com o cliente envolvendo o cliente está na economia da experiência.

Segundo Carlos Hilsdorf (@carloshilsdorf), a teoria da economia da experiência é cativar as pessoas através da emoção de uma forma tão eficaz que elas se sintam verdadeiramente encantadas ao ponto de se tornarem apaixonadas pelo corretor ou imobiliária.

Quando trabalhava no WImoveis.com, lembro – me que para as imobiliárias e corretores terem um web site e anunciar no portal era algo supérfluo, hoje é tão importante quanto ter o CRECI.
A nova tendência será os plantões online, corretores online, imobiliárias 100% virtuais e acredito que até a compra 100% pela internet será possível.

O corretor mudou. Eis o novo kit do corretor:
* Notebook, netbook ou ipad
* Smartphone
* Conexão 3G
* Corretor online
* Twitter
* Facebook
* Orkut
* Flickr
* Etc…

Acredito que o CRECI deva inserir uma matéria sobre redes sociais e atendimento online na formação de novos corretores e fica a dica, o mercado precisa de cursos de capacitação online para os corretores.



Fonte: Danilo Brito, sócio e diretor de tecnologia da INTE.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PROTEGER EMAIL. MISSÃO IMPOSSÍVEL?


"Se não quer que saibam, não conte a ninguém", diz o ditado popular. Mas se precisar dizer por email, algumas dicas poderão salvá-lo.

    
      Dados referentes ao mês de maio de 2009 sugerem que, em média, 2,8  milhões de emails são disparados em todo mundo - por segundo. Isso dá 250 bilhões de mensagens eletrônicas todos os dias, e nem todos são spam oferecendo a transferência de 20 milhões de dólares por conta do falecimento de um parente distante seu lá da Nigéria.
Enviar email ainda é uma solução mais econômica que custear envelope, selo e encarar a fila em uma agência dos correios. Mas, ao depositar a correspondência nas caixas da ECT, devidamente selada e endereçada, existe alguma certeza de que apenas o destinatário verá o conteúdo da mensagem.
Não é o caso dos emails. Estes podem ser interceptados no caminho entre os diferentes servidores que atravessam – e você pode jamais saber disso.
Falta mencionar as cópias deixadas em seu PC, outra evidência do envio da mensagem.
Olhos curiosos
Através de seu PC você tem acesso aos seus emails, certo? Você e outros. Qualquer um que passe em frente à sua estação de trabalho, independentemente de você estar nela ou não, pode ver o conteúdo das mensagens que você escreve, que enviou ou que recebe. Tome providências para minimizar a visibilidade de suas comunicações eletrônicas.

Em primeiro lugar, vale não deixar seu cliente de email aberto, pelo menos evite deixá-lo maximizado em primeiro plano. Não interessa se está usando um POP3, como o Hotmail ou o Outlook; se não estiver em uso, não deixe aberto.
É normal que façamos logoff da máquina para sair na hora do almoço ou em ocasiões de ausência prolongada. Mas existem aquelas reuniões de última hora e que deviam levar apenas 2 minutos; deviam. Para esses casos, o negócio é usar a proteção de tela com proteção de senha.
Em um PC com o Windows, vá até o painel de controle e configure o screensaver por lá. Defina um tempo razoavelmente curto para a proteção de tela entrar em ação. Procure não definir um tempo inferior a cinco minutos, pois é normal (dependendo de seu trabalho) deixar o mouse ou o teclado parado enquanto realiza outra tarefa. Algo entre dez e 15 minutos deve ser apropriado;não se esqueça de definir a solicitação de senha para desativar a proteção de tela.
Não me leve a mal, mas, sim, uma senha segura faz parte do pacote. “1-2-3” não vai resolver a questão de segurança. Aliás, a sugestão básica é que não seja usado nenhum termo que conste em qualquer dicionário.
Blindando o webmail
A vantagem dos webmails é que são acessíveis de qualquer ponto em qualquer momento e a partir de qualquer dispositivo que seja capaz de se conectar à web.

Em qualquer PC, mas especialmente em máquinas de uso público ou compartilhado, é importante realizar o logoff do site de emails ao terminar de ler suas mensagens. Se não tomar esse providência, sua caixa estará literalmente escancarada para o próximo usuário. Em alguns servidores de webmail, basta encerrar o browser, mas essa regra não é geral.
Por falar em browsers, chame de navegadores, se preferir, a opção de limpar o cache ao sair da navegação é altamente recomendada. Pois nos dados do cachê ficam gravados dados referentes às mensagens enviadas.
Melhor que isso, só se usar o que nos browsers Internet Explorer, Firefox e Chrome é chamado de “anonymous browsing” (navegação anônima). Com base nesse recurso, todo o histórico de suas ações na web ficam excluídas do cache do programa.
Para situações em que você não tem o direito de modificar as configurações do browser (caso de muitos PCs compartilhados) é interessante usar o navegador alternativo àquele definido como padrão no sistema.
Se o padrão for Internet Explorer, tente usar o Firefox, ou ao contrário. Assim você pode dificultar um pouco a vida dos xeretas e proteger sua conta de email.
Criptografando sua mensagem
Você pode cercar seu PC com minas terrestres, apagar o cache do navegador e criar senhas com 128 caracteres ou mais. Mas nada, nada mesmo, protege seu email quando este abandona o interior do PC e ganha a rede. Ao trafegar do ponto A para o ponto B, a mensagem pode ser interceptada por alguém não autorizado.

Isso pode ser evitado - falo da leitura, não da interceptação. Basta criptografar a mensagem. Quem tiver acesso ao arquivo, vai passar dias na frente de um emaranhado de símbolos que significam nada, mesmo que nele esteja a data do fim do mundo ou o nome do próximo ganhador da Copa do Mundo. Se não tiver a chave para descriptografar a mensagem, de nada adiantou interceptar o conjunto de pacotes IP.
No caso de webmails, como o do Yahoo!, o Hotmail ou o da Google, usar o SSL é uma opção. A maioria dos usuários de webmail reconhece o sinal que caracteriza o SSL, através do ícone de um pequeno cadeado exibido na página, ou porque veem que a URL é iniciada por HttpS, no lugar do tradicional Http.
Mensagens enviadas a partir de conexões HttpS são protegidas de interceptação.
Emails disparados a partir do Outlook também podem ser criptografados. Diferente do esquema SSL, o Outlook se serve de chaves públicas ou privadas. Ao emitir um email, o remetente aplica uma chave própria e a mensagem pode ser lida apenas por usuários que tenham o código público associado. Essa chave pública pode ser partilhada com pessoas que usem o Outlook ou qualquer outro serviço de email.
O futuro da mensagem
As precauções descritas acima servem para ajudá-lo a proteger a mensagem durante sua escrita e depois do envio, mas de que forma se prevenir contra a possibilidade de o email ser encaminhado para outras pessoas a partir da caixa de entrada do destinatário original?

O Microsoft Outlook tem recursos de gestão dos direitos (IRM) que possibilitam algum controle sobre a mensagem depois de enviada. Ao escrever um email usando o Outlook 2010, selecione o item “opções” na barra de ferramentas e selecione a opção “não permitir forward”. Pessoas que usem clientes de email sem suporte ao IRM da Microsft, precisam baixar o add-on para IRM disponível para o Internet Explorer, se quiserem ler mensagens restritas.
Algumas empresas gerenciam as credenciais do IRM a partir de um servidor próprio. Mas aqueles que não o fazem, podem contar com a MS para tal. Ao usar o recurso pela primeira vez, a Microsoft abrirá a caixa de diálogo para registrar o serviço.
Uma vez em uso, o recurso que nega o encaminhamento da mensagem permite que apenas o destinatário leia o email. Ao tentar encaminhar a mensagem, não será possível.
Outra alternativa é determinar um prazo para a mensagem expirar. Uma vez definidos a data a e o horário para uma mensagem expirar, o destinatário não terá como ler o conteúdo da mensagem.
Essa opção, contudo, está disponível apenas para determinadas configurações definidas no servidor Exchange e confirmadas nas políticas para grupos de usuários. Não adianta definir data e horário para expiração de mensagens enviadas para o Gmail, por exemplo.
As dicas dadas nesse texto servem para orientar você a aumentar a proteção de sua correspondência eletrônica. Mas nenhuma delas vai garantir os tão almejados 100% de robustez. Lembre-se daquele ditado: Se não quer que saibam, não conte.
(Tony Bradley)

A EVOLUÇÃO DA PUBLICIDADE IMOBILIÁRIA

O brasileiro compra, em média, apenas dois imóveis ao longo da vida. Um investimento tão representativo deveria ser feito com base em informações. Entre os fatores mais importantes estão a segurança e valorização da região, proximidade a pontos de interesse do comprador – como escolas, academias ou shopping centers –, trânsito local, valor do imóveis e formas de financiamento. 


Antes de tentar vender um imóvel, uma incorporadora, construtora ou imobiliária deveria entender as necessidades de seu público de interesse e oferecer as informações pertinentes para que o comprador tome a decisão acertada. Curiosamente, a publicidade imobiliária raramente aborda esses temas. Homens-flecha apontando para a localização do novo empreendimento e anúncios que falam de aspectos subjetivos como conforto e tranquilidade são mais comuns no setor. Essas formas ultrapassadas de publicidade apelam para a emoção do comprador, que pode ceder à influência e realizar uma compra precipitada e mal-sucedida.



Um livro que pretende ensinar os corretores norte-americanos a anunciar chega a propor que os profissionais nunca divulguem o endereço do empreendimento. Na página 33, a razão: “A verdade é que a maioria dos compradores está buscando um motivo para não comprar". Mencionar o endereço no anúncio pode dar esse motivo antes que eles se dêem a chance de conferir se o imóvel é o certo ou não”.



Esconder informações estratégicas tem sido a tática da publicidade imobiliária há décadas. Mas, por sorte, atualmente os investidores já podem obter esses dados on-line. A web 2.0 oferece a chance de análise de uma determinada vizinhança com base nas necessidades de quem pretende morar ou investir ali. Ferramentas simples como o Google Maps já permitem que as pessoas entendam melhor a região e confiram a proximidade de escolas, hospitais, supermercados ou paradas de ônibus. Outras tecnologias mais sofisticadas oferecem detalhes mais interessantes, como qual é a faixa etária ou a renda média dos vizinhos, como é o trânsito nos arredores e quanto essa região tende a se valorizar ou desvalorizar a curto, médio e longo prazos.



    Anunciar é caro, e justamente por isso é uma ação que deve ser bem pensada e planejada. A propaganda mal feita custa dinheiro, custo que a longo prazo as empresas vão repassar para o futuro comprador. Mas não é só o público final que pode se prejudicar. A corporação deve responder à questão “que imagem meus clientes terão de mim com base nas informações que eu ofereço?”. Ela quer ser lembrada como a empresa que acha que um imóvel deve ser comprado porque um homem-flecha conquistou a atenção do comprador enquanto ele passeava de carro? Porque o panfleto impresso antecipa uma vida de felicidade ao lado da família? Porque as mocinhas que atendem o potencial comprador são mais bonitas que as da concorrência?



As empresas só tem a ganhar quando são transparentes e oferecem dados reais que possam valorizar um imóvel. Quando as partes envolvidas no negócio valorizarem o que realmente importa na hora de oferecer ou comprar um imóvel, essa transação terá mais chances de sucesso.